sábado, 21 de janeiro de 2012

Declaração de Amor – A Roseira Ambrosine -

Glenda-Mae Greene


Ele Se regozijará em você; com o Seu amor a renovará, Ele Se regozijará em você com brados de alegria.Sofonias 3:17, NVI
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Alguns anos atrás, uma amiga da igreja, uma elegante senhora de cabelos grisalhos, deu-nos uma linda roseira. Nós a plantamos com cuidado e ela vicejou. Depois de algum tempo, uma carreira de flores desabrochou, partilhando seu esplendor com quem passasse por ali. Cada botão começava com um tom rosa cremoso, mas sua cor se intensificava à medida que a flor amadurecia. Os vizinhos, com frequência, elogiavam sua beleza perfumada.

Eu pretendia enviar um bilhete de agradecimento à minha amiga, mas nunca chegava a pôr meus pensamentos em ação, até que um dia, num ímpeto de tirar fotos, fotografei vários daqueles lindos botões cor-de-rosa. Quando revelei o filme, incluí uma foto das rosas num cartão de agradecimento para minha amiga.

Ela me agradeceu tão profusamente quando telefonou, dois dias mais tarde, que precisei perguntar sobre a razão do seu fervor. Com relutância, ela me relatou sua agridoce experiência. Contou que, mais ou menos na mesma época, também havia dado a outra amiga uma roseira. Quando se encontrou com a mulher alguns meses mais tarde, soube que a planta havia dado 17 flores, “mas ela nunca se dispôs a me dar um único botão”, desabafou, lastimosa, a minha amiga. Então, seu tom se iluminou ao contar que, quando foi buscar a correspondência naquele mesmo dia, encontrara o cartão que lhe enviei. A fotografia das flores cor-de-rosa caíra antes mesmo que ela pudesse ler o cartão. Olhando a foto, viu meus rabiscos indicando que eu havia dado o nome de Ambrosine à roseira, em sua homenagem. Ela disse que, com alegria, buscou a presença do seu Pai e fez deste poema a sua oração: 
“Rosa de Sarom, obrigada por me fazeres lembrar que devo me apoiar em Ti, só em Ti. Que a fragrância do Teu amor se espalhe aos outros, ao meu redor. Obrigada pelos vales, Senhor, pois é neles que eu cresço.”

A história da minha amiga me deu um lampejo tão instigante da criatividade de nosso Deus criador que precisei inclinar a cabeça numa oração de louvor quando a ouvi. Enquanto a ideia de uma rosa não compartilhada trouxera tanta tristeza à minha amiga, a foto de outra lhe instilara puro prazer. E o meu Deus havia justaposto as duas – só para ela!
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