sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Declaração de Amor – Delicado Orvalho

Frances Osborne Morford


Minha doutrina derramo sobre vocês como a chuva; e respingo como orvalho, como chuvisco na relva e gotas na verde ladeira. Deuteronômio 32:2, BV
Enquanto eu andava pelo caminho rumo ao prédio da escola, toda a natureza cintilava à luz do Sol, após uma chuva mansa. Era a estação chuvosa na África do Sul, e muitas flores silvestres balançavam com a brisa suave. Apenas alguns dias antes, havíamos tido um tremendo aguaceiro. A chuvarada havia formado muitos riachinhos nesta mesma trilha íngreme, curvando ou quebrando flores e folhagens pela força do vento e da água. Segurei bem meu guarda-chuva para impedir que voasse longe. Não apreciei aquela caminhada e lamentei pelas flores sendo agitadas para um lado e outro em meio à chuva forte.
Mas o delicado orvalho de hoje era lindo. As flores se mostravam brilhantes e alegres. Erguiam bem alto as corolas, absorvendo o calor do Sol. Que contraste com os dias anteriores!
Pensei nas crianças que encontramos dia a dia, em casa, na escola ou na igreja. Nossas palavras exercem um efeito muito grande em suas emoções. As crianças, com certeza, necessitam de treinamento, assim como a grama e as flores precisam de umidade. Mas a maneira de se aplicar essa disciplina faz muita diferença na atitude delas. Com demasiada frequência ficamos aborrecidas, e nossas emoções se expressam em palavras impulsivas e ásperas. A criança é magoada e tenta escapar do massacre, assim como as flores se curvam sob o aguaceiro. Algumas crianças são afetadas para o resto da vida. Se, todavia, com paciência e amor fizermos com que se lembrem da necessidade de um bom comportamento, e os incentivarmos da melhor maneira, os pequeninos conseguirão sorrir, levantar a cabeça, endireitar os ombros e tentar outra vez.
Senhor, como foste terno com Teus filhos errantes! Ensina-nos Tuas palavras e métodos, ao interagirmos com as crianças dia após dia, para que levemos sorrisos e alegria ao seu coração, quando enfrentarem ocasiões tempestuosas na vida.
“Mas Jesus chamou a Si as crianças e disse: ‘Deixem vir a Mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas’” (Lucas 18:16, NVI). Que o Senhor nos abençoe, enquanto levamos às crianças o delicado orvalho.

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