quinta-feira, 22 de março de 2012

De Mara Para Noemi

 Pr. Olavo Feijó

Rute 1:20 - Porém ela lhes dizia: Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. 

Quando as antigas vizinhas reconheceram aquela viúva de luto fechado, entrando de volta à cidade de Belém, chamaram-na pelo nome. “Porém, ela respondia – Não me chamem de Noemi, a Feliz. Chamem de Mara, a Amargurada, porque Deus Todo Poderoso me deu muita amargura.” (Rute 1:20).

Não será justo olhar para o rosto vincado daquela viúva e julgá-la severamente. Perdeu, por morte, seu marido e seus dois filhos varões. De uma só vez, perdeu seu status social e seu sustento financeiro. De acordo com a cultura do seu povo, ao sair de Belém, Noemi caminhava orgulhosa, com seu esposo e seus dois filhos. Ao voltar de Moabe, porém, a única coisa para mostrar aos conterrâneos, foi a perda dos seus provedores e a companhia frágil da nora Rute, estrangeira e também viúva. Ela bem que merecia a alcunha de Mara, a Amargurada!

Mas a história de Noemi ainda não havia terminado. O Senhor tinha planos especiais para sua nora Rute. A estrangeira moabita, por causa da sua fidelidade ao Senhor de Noemi, estava sendo preparada para ser a ancestral de um rei – Davi – e de um Messias – Jesus. Nada mais, nada menos. O Senhor, com a mesma misericórdia com que acompanhou o desaparecimento de três arrimos de família, convocou a genética de uma não-judia, para moldar a estrutura humana do Cristo. O sangue de Jesus não era exclusivamente feito de cromossomos de Abraão. Desde Noemi, a Feliz, e Rute, o Senhor preparou o caminho, para nós gentios, herdarmos também o Reino dos Céus.


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